Solidariedade é um ato de bondade, compreensão e amor ao próximo. A pessoa que é solidária se preocupa com o desequilíbrio social, a violência e procura proteger as pessoas deficientes e vulneráveis da sociedade. Ter atitudes de solidariedade sempre mexeu com o egoísmo e a ganância das pessoas e tornou-se um desafio maior nesse tempo de pandemia.
Moisés preocupou-se com esse tema ao orientar o povo de Deus. Ele destacou que a solidariedade desafia a ver o outro a partir dos olhos de Deus, o criador e protetor de todos nós. “Não explore, nem roube os outros. Não segure até o dia seguinte o pagamento do trabalhador diarista. Não amaldiçoe um surdo, nem ponha na frente de um cego alguma coisa que o faça tropeçar. Tenha respeito para comigo, o seu Deus. Eu sou o Senhor” (Levíticos 19.13-14).
O desafio da solidariedade está nestas palavras: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Levítico 19.18). O próprio Salvador usou essa passagem (Mt 22.39) como o princípio fundamental de convivência, particularmente na hora de lidar com os conflitos de relacionamentos. Jesus, porém, aprofundou este mandamento até às últimas consequências para nos trazer de volta ao Pai Celeste: “Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (João 13.34).
Somos desafiados ao exercício da solidariedade particularmente numa época em que a exploração atinge com mais força as pessoas pobres e marginalizadas. Amar não é apenas querer bem o próximo, mas aliviar as suas pesadas cargas e amparar as pessoas necessitadas.
Edgar Lemke