Nesse tempo de distanciamento não tenho ideia do que se passa no íntimo de vocês a não ser o que transparece nas trocas de WhatsApp. Dia desses alguém disse que a ansiedade atrapalha a racionalidade. A resposta veio com traços de irritabilidade. Pensei: a ansiedade provoca irritação e a irritação se transforma em combustível para a ansiedade. Então arrisquei aquela máxima de Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. Veio o segundo GreNal da Libertadores no Beira Rio e eu, aos 15 min do primeiro tempo, mudei de canal. Até aí eu de vez em quando desistia de torcer para o Inter, mas jamais tinha desistido de secar o Grêmio. A ansiedade deu lugar à irritação. Puxa! Nem no futebol aparece um alívio!

Eu ansioso com essas coisas que não me ajudam em absolutamente nada quando o apóstolo Paulo diz: “Não fiquem ansiosos (preocupados) de coisa alguma” (Fp 4.6). Como não se preocupar com um monte de coisas, particularmente com essa pandemia que não dá trégua? Nesse 02 de outubro, de acordo com o Boletim do Hospital de Clínicas, foram notificados 6.691 casos confirmados de Covid, o maior número de notificações em um único dia desde o início da epidemia. Justamente num momento em que as atividades presenciais estão sendo retomadas não dá para baixar a guarda.

Eu preciso dar atenção à orientação do apóstolo: “Não andem ansiosos de coisa alguma!”. Aí está o problema: como lidar com a ansiedade e a irritação? Foi Lutero quem aprendeu com o apóstolo Paulo que “antes de fazer a gente tem que ser”. Deus nos fez seus filhos espirituais em Cristo já pelo batismo e, com o seu Espírito através da Palavra, nos guia nessa vida e vai nos receber no fim da jornada. Tomar consciência desse fato alivia a nossa ansiedade e preocupação. Ainda mais tendo a confiança que o apóstolo tinha: “Estou certo de que aquele que começou boa obra em vocês há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6)

Quando nos reconhecemos como filhos de Deus aí estamos diante do fazer. “Mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. A oração é um excelente exercício para lidar com a ansiedade, principalmente se nela acontece ações de graça que expressam o reconhecimento das “misericórdias passadas, algo bem distinto da preocupação ansiosa pelo futuro”.

E, para concluir, temos uma promessa para agarrar com fé: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus“.

Edgar Lemke

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