O povo gaúcho viu nessa semana o que é ser contra ou a favor. O tarifaço proposto pelo governador Sartori para equilibrar as finanças do Estado e colocado em votação na Assembleia Legislativa, foi aprovado por 27 votos a favor e 26 contra. Isto, depois de muita gritaria externa e discussão interna, a ponto de a sessão durar mais de 11 horas. Claro, houve muita negociação por parte dos aliados do Palácio Piratini e algumas manobras políticas para o placar ser favorável ao aumento de impostos. Como a diferença foi de um voto, não dá para dizer que o último indeciso, o deputado Mário Jardel, foi decisivo com seu voto favorável. Na verdade, cada voto foi decisivo (inclusive os do contra).

Jesus estava numa discussão pesada com os líderes religiosos de seu tempo. Eles acusaram Jesus de estar expelindo demônios pelo “poder de Belzebu, o maioral dos demônios” (Lc 11.15 ARA). A defesa de Jesus é foi mais forte do que a acusação. O Mestre responde: “se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus chegou até vocês” (Lc 11.19,20 NTLH). Então ele arremata: “Quem não é por mim e contra mim; e quem comigo não ajunta espalha”(Lc 11.23 ARA).

A conclusão de Jesus é muito clara. Há duas possibilidades: a favor ou contra Jesus? Não há uma “terceira via” nesse assunto. Por sinal, este é o sentido profundo da mensagem das Escrituras. Elas falam da existência de dois reinos distintos, o reino de Deus e o reino de Satanás. Não fazem referência a um território neutro, uma espécie de terra de ninguém, uma situação em que não se é nem de Deus e nem do diabo. Ou vivemos em comunhão com Deus em Cristo ou somos prisioneiros do reino das trevas.

Embora Jesus tenha jogado duro com seus inimigos, ele não deixa de fazer um convite muito amoroso a eles no sentido de rever sua posição: “Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus chegou até vocês”. Era um convite amoroso, não para sobrecarregar esses líderes com tarefas mais pesadas, mas aliviá-los da culpa de uma religião legalista. Foi para isto que Cristo veio e, segundo a carta aos Gálatas, tornou-se maldição em nosso lugar (Gl 3.13).

Abre-se espaço para revermos nossas posições: Somos contra ou a favor de Jesus? O que Jesus pretendia ao dizer: “quem comigo não ajunta espalha”?

Edgar Lemke

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