voto_contraQuase a metade dos nossos deputados federais (14 de 31) faltou a sessão que manteve o mandato do deputado federal por Rondônia, Natan Donadon, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 13 anos de prisão por desvio de dinheiro público. Ele foi ao plenário da Câmara direto do Presídio da Papuda e aproveitou a oportunidade para reclamar da comida ruim e do banho frio de sua atual morada.

Agora a imprensa gaúcha está atrás dos parlamentares faltosos em busca de explicação para tamanha omissão. E, mesmo que tenham apresentado desculpas por não participar dessa votação, pesa sobre eles a acusação de terem sido decisivos nesse resultado vergonhoso. Deu-se uma situação em que não tinha muro para ficar no meio. Quem não votou contra o deputado Natan, acabou votando a favor.

Em certa ocasião Jesus disse uma palavra que cabe muito bem para situações como esta: “Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando” (Lucas 11.23) Ele está se defendendo da acusação de realizar tarefas pelo poder de Belzebu, o chefe dos demônios (Lc 11.15).  O Mestre responde: “Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios”? Então ele arremata: “Quem não é a meu favor é contra mim”.

Se no caso da votação que manteve o mandato do deputado Donadon ficou difícil achar uma terceira via pela qual os colegas deputados nem a favor nem contra pudessem circular, tipo representar o Legislativo Federal na Expointer em Esteio, imagina nas questões de fé e vida. Aí há só duas possibilidades: ou se é a favor ou se é contra Jesus! Por sinal, este é o sentido profundo da mensagem das Escrituras. Ela fala da existência de dois reinos distintos, o reino de Deus e o reino de Satanás.  Não faz referência a um território neutro, uma espécie de terra de ninguém, uma situação em que não se é nem de Deus e nem do diabo.  Ou vivemos em comunhão com Deus em Cristo ou somos prisioneiros do reino das trevas.

Embora Jesus tenha jogado duro com seus inimigos, ele não deixa de fazer um convite muito amoroso a eles: “Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus chegou até vocês” (Lc 11.20).  Esse convite era a graça e o amor de Deus ao alcance dos seus inimigos para serem a favor de quem veio para salvar e “destruir as obras do diabo” (1 Jo 3.8).

Abre-se espaço para revermos nossas posições.  Ao faltarmos aos cultos somos contra ou a favor de Jesus?  Através de nossas atitudes durante a semana ajuntamos com Jesus ou espalhamos?  Agendamos compromissos importantes na hora errada? Procuramos um espaço (nem longe nem perto demais da igreja) tipo “nem tanto ao diabo nem tanto a Deus”, como se nesse assunto houvesse esta possibilidade?

Edgar Lemke

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