Metamorfose é uma das obras mais conhecidas do escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924). A novela conta a experiência do jovem caixeiro viajante Gregor Samsa que, depois de um sono intranqüilo, desperta convertido em um imenso inseto e então começa sua saga de sofrimento até a morte.
Em biologia, metamorfose é “uma mudança na forma e na estrutura do corpo, bem como um crescimento e uma diferenciação, dos estados juvenis ou larvares de muitos animais, como os insetos e anfíbios (batráquios), até chegarem ao estado adulto” (Wikipedia).
Se em Kafka “metamorfose” é uma regressão, em biologia é uma progressão.
O Carnaval se presta para uma metamorfose kafkiana a muitos foliões. Se por um lado essa festa popular dá escola e trabalho para muita gente o ano inteiro, por outro leva milhares de pessoas a soltar seu lado perverso com atitudes que destroem vidas e famílias. E isto desde o tempo em que as marchinhas marcavam o ritmo da festa e “Mascara Negra” fazia sucesso com “Foi no carnaval que passou/Eu sou aquele pierrô/ Que te abraçou/Que te beijou, meu amor. A mesma máscara negra/Que esconde o teu rosto/Eu quero matar a saudade.
O verbo grego “metamorfóo” aparece em Mateus 17.2. Nessa ocasião os discípulos Pedro, Tiago e João presenciaram algo surpreendente e inesquecível. Jesus foi transfigurado diante deles e, numa fresta do céu falava com Moisés e Elias a respeito do iminente sacrifício que iria sofrer no Gólgota em favor da humanidade pecadora.
Esse encontro “metamorfoseou” os discípulos para melhor. A Transfiguração de Jesus foi uma experiência que Pedro nunca mais esqueceu. Em sua segunda carta ele escreveu: “Nós estávamos lá quando Deus, o Pai, lhe deu honra e glória.” (2 Pedro 1.17).
A Palavra inspirada da Bíblia é mesma voz divina que os discípulos ouviram na ocasião. Ela pode tocar nosso coração de tal maneira que nunca mais vamos esquecer e positivamente “nos transformar (metamorfóo) por meio de uma completa mudança da mente” (Romanos 12.2), para conhecer a vontade de Deus.
Que tal subirmos ao monte da Transfiguração com Jesus?
Edgar Lemke
Sem comentários