Não é nenhuma receita de como tomar este ou aquele remédio. Bem que parece e se o fosse a seguiríamos fielmente, pois desejamos nosso bem-estar. Não é uma receita, mas uma recomendação, um exemplo, uma atitude, dignos de serem imitados. Quem a faz é um jovem de família nobre, levado cativo com muitos outros, de Jerusalém à Babilônia, numa jornada de 800 km por estradas as mais primitivas e precárias. No exílio este jovem e mais três amigos são escolhidos para se aculturarem e então trabalhar para a nova pátria. Seu nome é Daniel, aquele quem Deus dá sabedoria para interpretar sonhos, aquele a quem Deus salva da boca dos leões, aquele que recebe do rei da Babilônia o cargo de governador de toda a província e chefe supremo de todos os sábios. (Dn 2.48) Longe de sua pátria, sendo aculturado em terra estranha, recebendo alto cargo do governo, onde está exilado, Daniel não esquece o seu Deus, o verdadeiro, não abandona o seu costume e se ajoelha para orar…

…três vezes ao dia.

                Naquele tempo, 605 AC., talvez tivesse mais tempo que nós temos hoje. Permitam-me lembrar que tudo é relativo à sua época. Daniel foi nomeado governador, tornou-se diplomata, transformou-se numa espécie de Primeiro Ministro, ocupadíssimo. Mesmo assim orava ajoelhado. O que não tinha naquela época era televisão, com sua atrativa programação; não havia celular para comunicação a toda hora; não havia face-book para distração de seus usuários. Estas novidades são úteis, mas o uso exagerado prejudica, pois podem viciar, ofuscando nossa adoração. Daniel com todo o seu mundo de múltiplos afazeres encontra tempo para pedir ao seu Deus orientação, conselho, forças para enfrentar o seu dia a dia e sabedoria para cumprir suas tarefas…

…três vezes ao dia.

Bem sei, não é fácil de lembrar falar com Deus nesta nossa correria diária. Mais difícil ainda quando pretendemos fazê-lo baseados em nossa vontade, e autoconfiança. O apóstolo Paulo adverte seus leitores de Éfeso a não serem néscios porque os dias são maus. “Por esta razão não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho (…) mas enchei-vos do Espírito.” (Ef 5.18) Eis como Daniel, cheio do Espírito, conseguia falar com Deus…

…três vezes ao dia.

Pequenos deslizes, alguma preguiça, momentos de inversão de valores e alguma concordância com o mundano, se acumulam e somados prejudicam nossa adoração, nossa gratidão pela salvação na fé em Cristo Jesus. Os filhos deste mundo correm pelo perecível. Os cristãos se ajoelham para falar com seu criador…

…três vezes ao dia.

Diz o Salmo 35: “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o Senhor, que se compras na prosperidade do seu servo. E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo dia.” Quantas vezes…

(Guido Ruben Goerl – pastor emérito da IELB)

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