Para esse Dia das Mães, eu gostaria de compartilhar com vocês a fábula “A Árvore Generosa” do americano Shel Silverstein que li quando criança. Abaixo está uma versão resumida e adaptada por Fernando Sabino.

Esta fábula nos faz pensar sobre inúmeras coisas. Uns a interpretam como sendo a relação entre o ser humano e a natureza. Outros como a relação entre a mãe e o filho. Outros ainda como sendo a relação entre Deus e sua criatura.

Não importa a sua interpretação. O que sabemos de fato é que, por mais generosas que nossas mães são, o nosso Criador é e sempre será infinitamente mais. Eu creio que a generosidade da nossa mãe é a coisa mais concreta que temos para comparar em linguagem humana com a generosidade de Deus. Afinal de contas, a nossa mãe nos deu a vida.

Deus, em Cristo, nos deu a vida eterna. Deus, em Cristo, mostrou toda sua generosidade. Diferente de um toco de árvore, a generosidade do nosso Deus não tem fim – dura para sempre!

Otto Neitzel

A Árvore Generosa – Shel Silverstein

Era uma vez uma Árvore que amava um menino. E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos. E quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha. O menino amava a Árvore profundamente. E a Árvore era feliz!

Mas o tempo passou e o menino cresceu! Um dia, o menino veio e a Árvore disse: “Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!” “Estou grande demais para brincar”, respondeu o menino. “Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?” “Sinto muito”, disse a Árvore, “eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!” E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora. E a Árvore ficou feliz!

Mas o menino sumiu por muito tempo… E a Árvore ficou tristonha outra vez. Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: “Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz.” “Estou muito ocupado pra subir em Árvores”, disse o menino. “Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?” “Eu não tenho casa”, disse a Árvore. “Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz.” O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa. E a Árvore ficou feliz!

O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar. “Venha, venha, meu Menino”, sussurrou, “venha brincar!” “Estou velho para brincar”, disse o menino, “e estou também muito triste.” “Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?” “Corte meu tronco e faça seu barco”, disse a Árvore. “Viaje pra longe e seja feliz!” O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o menino voltou. “Desculpe, Menino”, disse a Árvore. “não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram.” “Meus dentes são fracos demais pra frutos”, falou o menino. “Já se foram os galhos para você balançar”, disse a Árvore. “Já não tenho idade pra me balançar”, falou o menino. “Não tenho mais tronco pra você subir”, disse a a Árvore. “Estou muito cansado e já não sei subir”, falou o menino. “Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer”, suspirou a Árvore. “Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe … “

“Já não quero muita coisa”, disse o menino, “só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado.” “Pois bem”, respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. “Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar. Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse.” Foi o que o menino fez. E a Árvore ficou feliz.

[The Giving Tree – Shel Silverstein – Adaptado por Fernando Sabino]

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