Nunca me conformei ter errado a grafia da palavra “ascensão” quando prestei vestibular na Universidade Federal de Pelotas para o curso de Estudos Sociais. Era uma palavra que eu tinha lido dezenas de vezes e, mesmo assim, confundi a escrita certa.

Mais desafiador do que acertar a grafia dessa palavra é entender a importância da subida de Jesus ao céu 40 dias depois de sua ressurreição, data celebrada nesta quinta-feira, 21 de maio. W.H. Griffith Thomas (teólogo anglicano, 1861-1924) escreveu numa enciclopédia bíblica um resumo do que significa a Ascensão para os cristãos. Ela se refere a redenção que se cumpriu (Hebreus 8.1), a obra sumo-sacerdotal do Salvador (Hebreus 4.14), ao senhorio de Jesus sobre a igreja (Efésios 1.22), a sua intercessão por nós junto ao seu Pai celestial (1 Timóteo 2.5), a vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes (Atos 2.33), a presença do Senhor junto a nós hoje (Mateus 28.20) e a expectativa da sua volta a esta terra (1 Tessalonicenses 4.16)

Logo que se estabeleceu a pandemia do COVID-19 surgiu com força a pergunta: será isso um sinal de que Jesus está retornando? No dia da Ascensão os discípulos fizeram pergunta muito parecida: “Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?” (At 1.6) Jesus foi muito atencioso e respondeu: “Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade. Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (At 1.7-8). O Mestre aponta não para seu retorno, mas para a tarefa que precisa ser feita enquanto isso: vocês serão minhas testemunhas.

Ouvi que estas palavras de Jesus aos discípulos, antes de ser uma convocação para o trabalho, são uma identificação. Testemunha, no original, é “mártir”, isto é, alguém que está tão identificado com o seu ideal a ponto de sofrer as últimas consequências por causa dele. Esse tempo de pandemia fechou igrejas, mas abriu porteiras para sermos testemunhas de Cristo. Nunca é bom errar na grafia da palavra Ascensão, mas o que não se pode errar é na compreensão dessa convocação quando Jesus subiu ao céu: vocês serão minhas testemunhas”.

Edgar Lemke

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