“Porque, se você ficar calada agora, de outro lugar virá socorro e livramento para os judeus, mas você e a casa do seu pai perecerão. Mas quem sabe se não foi para uma conjuntura como esta que você foi elevada à condição de rainha?” Ester 4.14
Setembro, no Brasil é mês próprio para reflexão quanto ao exercício da nossa cidadania. Aqui no Rio Grande do Sul, tem ainda os Festejos Farroupilhas com atividades tradicionalistas que despertam civismo e valores positivos para a sociedade gaúcha e brasileira. Esses aspectos culturais aparecem em todos os lugares do país aonde há gaúchos, em especial em setembro. Como há brasileiros e gaúchos na Igreja, esse vem a ser um tema da vida da igreja gaúcho e brasileiro. Nessa linha, despertado por uma ação com os Confirmandos, coordenados pelo Pr Edgar, revisitei o livro de Ester, presente no Antigo Testamento de nossas Bíblias.
Nele, sem ser citado, vemos Deus agir através de duas pessoas – Ester e Mordecai, comprometidas com sua cidadania. Com suas ações eles marcaram a vida e a qualidade de vida do povo judeu. Esse ato é lembrado até os dias de hoje (https://www.conib.org.br/festa-de-purim-agora-e-data-oficial-da-cidade-de-sao-paulo/ 4/8/2020) com a Festa do Purim, que lembra este ato cidadão em defesa do povo judeu por parte desses personagens sob a proteção de Deus.
Deles tiro elementos para incentivar a nossa reflexão quanto ao nosso exercício de cidadania. Ester e Mordecai, criados na observância da Lei do Senhor, atuaram em favor da justiça para com o seu povo. Delataram a corrupção e atentado contra o rei(Et 4), colocaram-se a serviço do bem do seu povo(Et 8) e do lugar onde viviam e suas autoridades. E o fazem certos de que se não fizessem o que é correto, Deus daria outro jeito, mas não abandonaria seu povo(Et 4.5). Mas por certo, Deus os havia escolhido para exercerem sua cidadania em terra estranha.
Outra lição é que ambos exerceram sua cidadania ocupando espaços que se abriram para sua ação. Ester virou Rainha do Rei Assuero. Mordecai, seu “governante”. Talvez isso seja algo a ser pensado em nosso meio. Ocuparmos os lugares de decisão para que possamos exercer nossa cidadania em favor do próximo e da nossa nação. Destaco que Mordecai ocupou este espaço por mérito, não por tê-lo buscado visando seu próprio benefício.
Por fim, podemos nos ver como eles se viam, como instrumentos de Deus, povo de Deus. Com um papel a ser exercido na sociedade em favor dos seus semelhantes. Nisto não buscaram se impor nem subjugar, nem vingança, apenas equidade e justiça. De modo que todos pudessem viver, e bem. Por isso e muito mais, incentivo a leitura do Livro de Ester neste mês que discutimos bastante o exercício da cidadania. Até porque em breve seremos chamados a participar de um pleito que envolve todos os municípios e munícipes, cujos exemplos de Ester e Mordecai têm muito a nos ensinar e inspirar.
Abençoada Semana a todos.
Pr José Daniel Steimetz