Sergio Sinay em A Sociedade dos Filhos Órfãos escreve: “Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria”. Esse Escritor argentino não apenas faz um diagnóstico preciso da omissão de muitos pais na atualidade, mas também apresenta a receita para a cura do problema: “amor se constrói com presença”.

Jesus conta a parábola do Pai presente – ou do filho pródigo – (11-31)) quando os religiosos, chamados fariseus, murmuravam uma acusação contra ele: Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles (Lc 15.1,2). Era uma acusação verdadeira, pois Jesus de fato, se misturava com gente de má fama para trazê-los aos braços do Pai Celeste.

Que problemão teve este pai com seus filhos! O mais moço embestou de ir embora apesar de todos os argumentos que o pai dispunha para que mudasse de ideia. Por fim ele deu ao filho sua parte da herança com a licença de gastá-la mesmo enquanto estava vivo, o que era legalmente proibido. Mesmo sabendo que o filho só retornaria se ficasse na miséria, o pai torceu para que se desse bem. Mas o aguardava todos os dias! E quando o filho retorna um trapo humano, o pai vai ao seu encontro, recebe-o de braços abertos e, sem ouvir as suas desculpas, faz uma grande festa.

Aí o pai precisou administrar outro problema com o filho mais velho que tinha aguentado as lidas do campo de sol a sol. Ele, ao saber que a música e a algazarra vindas da casa eram da festa pela volta do irmão, estraga o ambiente festivo fazendo duas acusações ao pai:
1) ele nunca reconheceu o seu trabalho e nem um cabrito lhe deu para fazer uma festa com os amigos;
2) e agora, quando esse “seu” filho (não o reconheceu como irmão), que gastou tudo com prostitutas, retornou, ele sim, ganha uma festa.

Não sei como terminou esta tensa situação familiar. Mas aí está um pai presente que trata com amor ambos os filhos. Pode ser que em nossos lares as dificuldades sejam de outra ordem. Em todos os casos “amor se constrói com presença”. Deus, o Pai Celeste, que em seu filho Jesus se faz presente em nossas vidas, pode nos inspirar a sermos pais presentes, a recebermos o pecador arrependido como irmão na fé e fazermos uma festa alegre. Afinal, até o céu se alegra quando o filho perdido retorna ao Pai.

Edgar Lemke

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