ciencia_e_feTive a oportunidade de participar do XII Fórum ULBRA de Teologia nesta semana que versou sobre o tema “Ciência e Fé Cristã: caminhos para o diálogo”. Foi uma programação muito interessante tanto nos momentos devocionais como nas conferências, proferidas por pessoas especializadas no tema, que nos levaram a refletir sobre as Estruturas Religiosas da Ciência, Curas Religiosas, Fé Cristã e Ciências Naturais e Inteligência Espiritual.  Enfim, houve muito assunto pertinente ao tema e que pode ser aprofundado.

Destaco duas perguntas inquietantes:

Será que a Ciência não é uma nova religião? Esta pergunta, segundo o Dr. Euler Renato Westphal, que trabalhou o tema “Brincando no Paraíso Perdido – as estruturas religiosas da ciência”, traz à tona algumas implicações que os avanços científicos colocam na mesa das discussões.  Será que a ciência tomou o lugar de Deus na vida e na morte?  Por exemplo, a partir da decodificação genética se pode patentear determinada raça. Com o controle sobre o patrimônio genético a ciência quer se dar o “poder de decidir sobre a vida e a morte das pessoas, bem como determinar o tipo de pessoas que a tecnologia quer produzir”. Na questão dos transplantes de órgãos a ciência se debate com esta questão: “quem merece viver, quem deve morrer”, pois nessa tecnologia um morre para outro viver. Por isso é preciso ter bem claro os propósitos da ciência e da teologia. A tarefa da ciência é trazer tecnologia, não sentido.  Quem dá sentido a tudo e dignifica a Criação é Jesus Cristo.

Ciência ou religião: quem vai dirigir o futuro?  Embora a ciência esteja em alta como nunca, ela não consegue aniquilar a religião porque o ser humano tem anseios que o conhecimento científico não preenche.  Qual é a solução tecnológica para o vazio existencial? Nesse ponto a ciência se depara com os seus próprios limites. Já foram tentados alguns modelos de caminhada entre ciência e fé cristã: de confrontação, que acirrou os ânimos; de integração, que provocou manobras artificiais; de separação, com domínios diferentes. Hoje se quer caminhar pelo modelo da complementação, com a pretensão de que ciência e fé cristã possam cooperar na “conjunção de saberes” na visão na compreensão da realidade.

No Estudo Bíblico de encerramento do Fórum a citação de uma palavra do apóstolo Paulo foi pertinente: “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” (1 Co 13.2). Um caminhar para o diálogo entre ciência e fé cristã dever ser regido pelo Amor que se tornou carne e veio habitar entre nós. Antes de tudo, ele já existia, e, por estarem unidas com ele, todas as coisas são conservadas em ordem e harmonia  (Colossenses 1.17).

Edgar Lemke

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