Sugestão de leitura: João 3.1-17

De tempos em tempos somos provocados a profundas reflexões a partir dos acontecimentos conosco ou à nossa volta. Estes momentos trazem consigo dúvidas, inquietações e desassossegos. Algumas situações nos afetam de tal modo que clamamos por um recomeço, seríamos capazes de muita coisa em troca de uma oportunidade para recomeçar. A vontade é de atirar os problemas pela janela e tentar começar do zero.

Como seres humanos, dotados de consciência e instintos, procuramos satisfazer as mais variadas necessidades. O surgimento e a multiplicação de religiões ao longo da história é um sintoma dessa angústia. Se não nos confortamos ou tampouco nos conformamos com aquilo que temos, partimos em busca do que é agradável ou, então, usamos a criatividade para tal.

Nicodemos viveu essa angústia. Ele conhecia bem as Escrituras Sagradas, também estava admirado com os milagres que Jesus vinha fazendo, mas era fariseu. Por ser fariseu, podemos supor que ele não queria renunciar àquilo que acreditava, parece que ele ainda não conhecia a verdade. A verdade é que Jesus é o próprio Deus, na pessoa do Filho. Retomando o que falamos sobre o caráter, há algumas semanas, Nicodemos estava impressionado com as ações e não entendia a identidade de Jesus.

No caso de Nicodemos, ser um conhecedor das Escrituras sem conhecer Jesus, o Filho de Deus encarnado, não lhe trazia sossego e paz. De certa forma, nos identificamos com Nicodemos. Podemos ter muito conhecimento, ser beneficiados com recursos dos mais variados, viver até com certa estabilidade, mas sem conhecer Jesus nossa vida será incompleta.

A boa notícia é que essa realidade já começou a mudar! Sim, o próprio Deus conhecendo nossa fraqueza, nossa limitação e insucesso, resolveu tomar o nosso sofrimento. Em Jesus, Deus literalmente encarnou a natureza humana. Em Jesus, Deus escolheu suportar o sofrimento até à morte – e morte de cruz. E na cruz Deus revelou seu caráter de amor e misericórdia. Sabemos, no entanto, que a obra de Cristo não se encerrou na cruz. Jesus foi ressuscitado por Deus e continua sua obra através do Espírito Santo. E essa obra chegou e chega até nós, incessantemente.

Todas as vezes que somos alcançados pela Palavra de Deus – a mesma que denuncia nossos pecados e tem o poder de nos conceder o perdão – é ação do Espírito Santo em nosso favor. Sempre que a Palavra de Deus chega até nós, o encontro é transformador. Alguns destes “encontros” acontecem com hora e local marcados: na absolvição dos pecados, bem como na pregação da Palavra de Deus, que você tem através dos cultos; no Batismo, quando o Espírito Santo opera em nós o perdão dos pecados pela Palavra de Deus unida à água e inicia ali a vida de santificação; também na Santa Ceia, quando a Palavra de Deus nos dá o corpo e sangue de Cristo a nós junto ao pão e vinho para perdão dos pecados e fortalecimento da fé.

Deus, porém, nos oferece mais: Ele promete estar conosco todos os dias e realmente o faz. A Palavra de Deus nos oferece, ainda, a possibilidade de uma comunicação com Deus por intermédio de Jesus na oração. Enfim, dia a dia temos incontáveis oportunidades de receber de Deus aquilo que mais necessitamos, inclusive ânimo, coragem e empatia para servi-lo diante dos desafios e acontecimentos à nossa volta. O Deus Triúno abençoe você e sua família com sua Palavra.

Fernando Behling

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