Quando ingressei na Escola, aos sete anos de idade, recebi como material escolar uma lousa (de pedra), um lápis de lousa (pedra também) e uma esponja. Esta última, levemente umedecida, tinha como finalidade apagar algum erro registrado na lousa. Depois veio o caderno, o lápis de grafite e a borracha. Esta última como apagador. Quando em idade avançada ingressei no mundo virtual perguntei à minha neta “como apago” e ela respondeu: “Deleta vô.” Não imagino o que ainda vem por aí… Um apagador para cada fase da vida.

Leio no Salmo 32: “Bem aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto” (Sl 32.1). Seria o perdão o apagador de erros contra Deus? O rei Davi confirma. Ele sabia muito bem das consequências do pecado e, pior ainda, do pecado não confessado. Ele clama a Deus com relação a sua inquietação interior que o pecado não confessado lhe causara. “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim e o meu vigor, se tornou em sequidão de estio” ( Sl 32.3,4). É o peso da culpa; é um peso enorme, toneladas pesando na consciência. Não podemos diminuir ou aliviar este peso fazendo coisas boas. Mas podemos atender o convite divino que deseja aliviar e tirar de nós a culpa do pecado. Ele não quer que permaneçamos no estio em terra seca. Não recicle pecado! Confesse.

Com humildade, com fé sincera acheguemo-nos a Deus em profundo arrependimento. De pronto, o perdão e a restauração plena de vida espiritual nos são agraciadas. Deus aguarda ansioso por esta meia volta de seus filhos – a confissão dos pecados. “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (Sl 32.5).

Na verdade, somo incapazes de deixar de pecar por nós mesmos. Somos transgressores (Ef 2.1), nos perdemos (Lc 19.10), destinados a uma perdição (Jo 3.16), sem esperança (Ef 2.12). Por isso Aba nos estimula a pedir, em oração, que nos dê graciosamente o que de nós espera. Seu grande amor, a sua misericórdia sempre tem a mão o apagador muito especial para todo e qualquer pecado. Aqui não há evolução ou mudança de material de acordo com a filosofia humana do momento. Deus sempre é, sempre foi e sempre será amor. Por que teria alguém pregado o seu próprio Filho na cruz senão por amor? Crer neste sacrifício de Cristo é sentir o apagador muito especial limpar o coração e a consciência da culpa do pecado.

Bem aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (Sl 32.2).

Guido Ruben Goerl
Pastor Emérito da IELB

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