Estatísticas nos dão conta que pessoas, e até famílias, estão trocando o turbilhão dos grandes centros pela zona rural ou até pequenas cidades do interior. Seria uma volta à simplicidade? Grandes aglomerados irritam, saturam, estressam. Pequenas localidades oferecem mais sossego, interação, ar puro, vida mais saudável. Se você realmente deseja uma vida mais saudável, material e espiritualmente, adote a simplicidade.

Há um limite para o que é bom e sempre que esse limite é transgredido o que parecia bom se torna prejudicial. Porque o supérfluo intoxica, cria ansiedade, inquietação e complica nossa vida. Às vezes inconscientemente. A mídia, em especial os comerciais na TV, quer nos convencer que as coisas mais idiotas e estapafúrdias nos farão felizes. Certo comercial terminava com a frase “venha ser feliz”. O propósito, muito explorado, é criar em nós o desejo pelo supérfluo.

Um modesto agricultor, convidado por um amigo, visita uma grande loja de departamentos onde existia de tudo que você imagina que se pode comprar. Ao final da visita, perguntado qual sua impressão diante de tantas maravilhas, responde: “Estou muito impressionado e feliz por ver quantas coisas eu não preciso para viver feliz.” “Todas as cousas me são licitas, mas nem todas  convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1Co 6.12)

A simplicidade é uma graça divina que leva a uma disciplina. É um dom gratuito que recebemos para nos livrar do supérfluo, viver desintoxicado, em simplicidade. Ela traz consigo  o contentamento interior (1Tm 6.6) “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6.8).

Em matéria de fé a Bíblia também recomenda simplicidade. Discorrendo sobre quem seria o maior no reino dos céus, Jesus chama uma criança e a coloca no meio deles, e diz: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como uma criança, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.1ss).

Depois da janta desabou um assustador temporal. Todos se refugiaram na sala, a peça mais segura daquela casa. De repente alguém exclama: “Onde está a Rosinha?” Procurada, foram encontrá-la em sua casa adormecida. Com o tumulto ao seu redor, acordou e perguntada se não tinha medo do temporal, respondeu: “A vovó disse que Jesus cuida de nós”. Simplicidade de fé naquele que nos protege, que nos orienta, que nos salva, e oferece uma vida tranquila na eternidade. Quando o convite divino para aderir à simplicidade é feito, o poder para fazê-lo vem junto. Não fosse assim eu continuaria um idólatra da abundância, do supérfluo, do que enferruja e as traças corroem. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito, como filhos amados.” (Gl 5.25)
Simplicidade – Gratuito presente de Deus. Usá-la, abraçá-la, vive-la é um privilégio de quem crê.

Guido Ruben Goerl – pastor emérito

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