A diferença entre os alfinetes e a agulha é esta: Os alfinetes mostram o caminho e a agulha segue por ele. Quando uma costureira quer juntar dois panos numa costura perfeita ela junta os dois panos com alfinetes para mostrar à agulha o caminho que deve seguir. Esse exemplo do cotidiano serve para ilustrar o que os mestres, os alfinetes, são para os discípulos, as agulhas, no ensino das ciências, das artes, da cultura, preparando o aluno para a vida.

Desde o Batismo sou uma “agulha”, um discípulo; com fé sigo os “alfinetes” os preceitos que a Escritura Sagrada ensina, mostrando-me o caminho da perfeita costura entre mim e Deus. É assim um caminho seguro, tem proteção, tem salvação. Enquanto caminho, o que faço como discípulo? Conheço os preceitos e procuro praticá-los. Sei, pela fé, que Cristo pagou ao Pai a dívida que eu tinha por causa dos meus pecados. E daí, fim de papo?
Um discípulo (você e eu) procura planejar a sua vida, pedindo que seja guiado e fortalecido pelo Espírito Santo. Noé planejou a construção de um grande barco,  anos antes de cair a primeira gota de chuva.

Davi planejou e armazenou material para a construção do Templo em Jerusalém. Nós planejamos uma trajetória para nossa vida, mas ela pode não ser a melhor. O Espírito Santo tem o poder de mudar, alterar, “colocar os vagões nos trilhos” e assim realizar conosco o que for mais adequado. “Então andarás seguro no teu caminho e não tropeçará o teu pé.” (Pv 3.23) Um discípulo (você, eu) procura crescer saudável inculcando em seu coração  o que  Paulo recomenda aos Colossenses: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo, instruí-vos e aconselhai-vos em toda a sabedoria.” (Cl 3.16)

Um discípulo (você e eu) não vive para si mesmo, mas para os que estão ao seu redor, que estão sob sua responsabilidade, dividindo com eles as pesadas cargas e aconselhando-se  mutuamente. “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gl 6.12) Isto significa servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bom despenseiro da multiforme graça de Deus.” (1Pe 4.10) Nossos dons não são egoístas, não nos pertencem, mas devem ser usados para a maturidade da comunidade da fé. Somos mordomos responsáveis.

Na trajetória de nossa vida, demarcada pelos alfinetes da Palavra de Deus, adquirimos uma condição singular como escolhidos por Deus para um serviço especial. “Sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1Pe 2.9) Eis o serviço especial – o testemunho.

Guiados pelos alfinetes da Palavra, somos transformados em agulhas preciosas e, com o auxílio do Espírito Santo, participamos com o nosso testemunho na costura do Reino de Deus, para a salvação de muitos. Por isso: “Bem aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração.” (Sl 119.2)

Guido Rubem Goerl – Pastor emérito da IELB

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