Quando o Grêmio foi rebaixado em 2004, o saudoso Paulo Sant’Ana confessou que era impossível naquele ano ter um Natal feliz. O cronista expressava sua característica melodramática tão apreciada pelos leitores, e não faria diferente hoje se estivesse vivo para reviver o infortúnio do seu time.

A gente sabe, no entanto, que a alegria do Natal não cai junto para a segunda divisão neste mundo onde as derrotas, cedo ou tarde, sempre aparecem. Aliás, o Natal vem exatamente para erguer aqueles que estão caídos. É isto que diz Maria no cântico Magnificat quando carregava o Natal na barriga.

Pode ser contraditório, mas a notícia dos anjos aos pastores “nasceu o Salvador de vocês” só tem sentido quando a vida perde o sentido. Só existe Salvador para aqueles que acreditam que estão sem salvação. Só existe remédio para os doentes que aceitam que estão doentes. A água é para quem sente sede, a comida é para quem sente fome. Não basta ter sede e fome. Foi Jesus quem disse: “Bem-aventurados os que choram, pois Deus os consolará, bem-aventurados os que têm fome e sede, pois Deus os deixará completamente satisfeitos”. Daí surge a parábola do fariseu que se orgulhava por ser um cara “honesto”, e do publicano que batia no peito: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou um pecador”, Jesus avisa no final: “Quem se engrandece será humilhado e quem se humilha será engrandecido”.

O Natal, assim, não precisa de muita coisa. Quem precisa de muita coisa nesta humanidade tão preciosa para Deus somos todos nós, agraciados pecadores.

Marcos Schmidt
Pastor luterano -Novo Hamburgo, RS
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