O que é a dor? A dor é uma sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminais nervosos a esses estímulos, classificados de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade e periodicidade. Um tanto científico, não é? Dor também é mágoa originada por desgosto do espírito ou do coração, sentimentos causados por decepção, desgraça ou sofrimento. Existe também a “dor fantasma”, quando parte do corpo, após sofrer grande trauma, é amputada. A dor se manifesta ainda por um tempo como se a parte amputada ainda estivesse no lugar, ferida. A intensidade da dor varia muito de pessoa para pessoa, mas sempre é desagradável, estressa, deprime e, às vezes, leva ao desespero, porque toda dor dói.

Antes do erro, Adão e Eva não conheciam a dor. Depois da desastrosa escolha tudo começou. De repente a expulsão de casa; o trabalho exigiu suor no rosto; o inço apareceu; gerar filhos seria com dor; uma vida às avessas, diferente, impensada e hostil. Imaginem a dor de coração sofrida por Eva quando um filho seu matou o outro filho. Às duras penas o primeiro casal aprendeu uma lição difícil: A desobediência implantou o mal e com ele a dor. Que lições podemos nós aprender com a dor?

Todos somos um Adão caído. Conhecemos a dor, a fadiga, a nossa fragilidade. “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade”, confessa o salmista. (Sl 39.4) O autor de Eclesiastes pergunta: “Pois que tem o homem de todo seu trabalho e da fadiga de seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? Porque todos os seus dias são dores e o seu trabalho, desgosto.” (Ec 2.21) O apóstolo Paulo afirma ao seu irmão na fé que exerceu se ministério “em labor e fadiga”. (2Ts 3.8)

Um quadro triste, angustiante, sufocante, não fosse existir algo que alivia a dor, renova nossas forças, “nos tira de um poço e põem nossos pés sobre a rocha”. (Sl 40.2). Atente bem para o canto do poeta sacro: “Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitira que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda…” (Sl 121) Uma confortadora palavra. Outro salmista assegura que “o Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama.” (Sl 49.3) Com tanto lenitivo, com esta assistência divina na hora da dor, com as mãos estendidas de Aba sobre nós na adversidade, podemos clamar em alta voz: “Porque para mim eu tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados a glória a ser em nós revelada.” (Rm 8.18) Por um pouco de tempo em dor; logo sem dor, eternamente. (Ap 21.1)

Toda dor dói; todo o amor, misericórdia e graça de Deus, recebidos pela fé em Jesus, nosso Salvador, aliviam a dor, nos tornam perseverantes na fé e confiantes em suas promessas. É como o óleo e o vinho com os quais o Bom Samaritano pensou os ferimentos do homem que fora assaltado.

A dor nos assalta. O Bom Pastor nos socorre. (Sl 30.2)

Guido Rubem Goerl
Pastor Emérito da IELB

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