Texto: Daí a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus Mc 12.17

Setembro é o mês de aniversário da nossa Pátria amada Brasil. E mais do que questionarmos sobre seu passado, presente e futuro, é necessário refletir sobre o exercício da nossa cidadania. Afinal, dela depende sim, o bom desenvolvimento do nosso país. Especialmente quando nos denominamos cristãos. Cidadãos com dupla cidadania: terrena e celeste. É tempo de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.

Recebemos a Cidadania Celeste no Batismo que cria a fé e nos faz cidadãos do Reino pela fé. A cidadania terrena vem com o registro de nascimento. Embora já na concepção, tenhamos assegurado o direito à vida. Pelo menos por enquanto. Por isso temos dupla cidadania: terrena e celeste. A cidadania celeste é orientada pela Bíblia, a Palavra de Deus. A cidadania terrena, pela Constituição. Não podemos misturar as duas. Mas temos o privilégio de viver essa dupla cidadania em nós sendo bons cidadãos cristãos transformados pelo Evangelho.

O que é Cidadania:

Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Um cidadão é uma pessoa que se considera em uma fase madura o suficiente desenvolvido para agir consciente e responsavelmente dentro da sociedade. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania)- optei por esta definição por sua amplitude.

No céu não temos direitos a conquistar. Nem entramos nele por deveres cumpridos. É Deus que nos dá tudo por graça, pela fé, através da morte de Jesus Cristo em nosso favor. Como nosso advogado ele nos garantiu cidadania plena suprindo nossa maior necessidade: a vida eterna.

Na terra é diferente. Nossa realidade é finita e marcada pelo pecado. Sofremos e praticamos injustiças. A cidadania plena não acontece. Direitos são retirados, especialmente dos mais carentes. Por isso precisamos fazer valer os direitos e cumprir nossos deveres. Nossa omissão prejudica o outro que não tem seus direitos garantidos. E não damos bom testemunho do que somos, enquanto cristãos na sociedade e no lugar onde Deus nos colocou.

Como igreja cristã ela vive, sofre e interage com o Estado através dos seus membros. Cristãos que como cidadãos terrenos, brasileiros, exercem sua cidadania participando ativamente do processo político que mantém o Estado funcionando. Como Igreja temos a tarefa profética de questionar e denunciar as injustiças cometidas. Mas não de tomar o poder e governar.

A Igreja é mantida e guiada pelo Espírito Santo. Seus instrumentos são a Palavra e os sacramentos. Com eles Deus trabalha em nós sua Lei e Evangelho a fim de sermos cristãos responsáveis também diante do Estado.

O foco da igreja não é agir político-partidariamente, mas orientar seus membros a que cumpram seus deveres e exijam seus direitos neste mundo. Logo, ter cristãos na política é bom e salutar. Já “bancadas evangélicas” pode ser arriscado. Pois nos seus deslizes, o mundo vê apenas o seu pecado. E ataca a Igreja como tal. O cristão como legislador observa a Constituição com sua consciência transformada pelo evangelho. Mais do que isto é misturar as esferas. Político Cristão, não governa com a Bíblia. Nem normatiza a igreja pela Constituição

Abençoada semana e mês com reflexões sobre o exercer a nossa dupla cidadania.

Pr José Daniel Steimetz

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