Relendo a Bíblia especialmente no que se refere ao povo de Deus, vamos encontrar sempre um pequeno rebanho. A história confiável começa com um casal, depois uma família e logo mais a humanidade vai crescendo. Depois da grande enchente são apenas sete: Noé e sua família. Continuando a ler a história vamos encontrar Abraão dialogando com Deus respeito de duas cidades que foram condenadas por Deus devido ao pecado. “Disse ainda Abraão: Não se ire o Senhor, se lhe falo somente mais esta vez; se, porventura, houver até dez? Respondeu o Senhor: Não a destruirei por amor aos dez.” (Gn 18.32) Não tinha dez, apenas Ló e sua família e as cidades de Sodoma e Gomorra são destruídas. Seguindo pelas genealogias bíblicas sempre vamos encontrar um povo temente a Deus, mesmo que só um pequeno rebanho.

Os evangelhos nos contam a história do povo de Deus no Novo Testamento, fala de doze discípulos e suas famílias e suas comunidades. Quantos eram? Numa noite um fariseu vai ter com Jesus para esclarecer algumas dúvidas. Os fariseus eram um grupo muito grande (além dos escribas e saduceus), mas só um, Nicodemos, quer ouvir mais sobre Cristo, o Messias prometido (Jo 3.1-20). Junto à cruz, lá no Gólgota, havia soldados romanos cumprindo suas obrigações. Pelas ruas de Jerusalém, nas tavernas, patrulhando o povo, havia muitos soldados, mas apenas um confessa: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mc.15.39). Em virtude de muitas seduções, revoltas contra os romanos, as prisões estavam repletas de revoltosos além de ladrões e malfeitores. Mas um só pediu: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lc.26.42). Olho para o oriente hoje e o que vejo? O Líbano é composto de 39% de cristãos. O Sudão, de 5%. O Egito de cerca de 10%. Ainda ouço, nos meus ouvidos, as desrespeitosas palavras dos atenienses ao pregador Paulo: “A respeito disso te ouviremos noutra ocasião” (At.17.32) Mesmo perseguidos (At.20.29), mortos, desprezados, ridicularizados, o pequeno rebanho cresce (At. 2.37).

Convém lembrar – e jamais esquecer – nós temos um Deus que olha para o seu rebanho, cuida dele, o guia, o fortalece e afirma: “Não temais o pequenino rebanho; porque vosso Pai agradou em dar-vos o seu reino” (Lc. 12.32). Ele nos guia como um rebanho pelo deserto da vida (Sl 78.52). Somos rebanho de seu pastoreio (Sl 100.3). Pequeno, e Jesus disse que seria assim: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt.22.14). Pequeno, mas com poder e força para enfrentar as tribulações, para o que der e vier (Sl.68.35). “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é nosso refugio” (Sl.68.2). Se ele é comigo, quem será contra mim? (Rm.8.31) Lutero canta: Se vieram roubar os bens vida e o lar. Que tudo se vá, proveito não lhes dá. Os céus nos são deixados. A fé ninguém pode roubar.

“Pois eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados (…) nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm.8.38).

Guido Ruben Goerl – Pastor Emérito da IELB.

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