Deem voces mesmosQuando Jesus fazia milagres jamais pretendia que o povo o seguisse por causa dos milagres. Ele os fazia por pura compaixão e amor, pois tinha pena do povo. “Quando Jesus saiu do barco e viu aquela multidão, ficou com pena deles e curou os doentes que estavam ali.” (Mt 14.14) Alguns destes milagres, senão todos, nos oferecem lições de como nós devemos proceder frente as necessidades dos outros. Muitas são as oportunidades para exercitarmos nosso amor, nossa compaixão e pena, através de atitudes concretas. Tiago lembra: ”Pode haver irmãos e irmãs que precisam de roupas e que não tem nada para comer. Se vocês não lhes dão do que eles precisam, não adianta nada dizer: Deus abençoe e vistam agasalho e comam bem.” (Tg 2.14-16)

Os discípulos de Jesus recém tinham voltado de uma jornada missionária (Mc 6.30ss) e contam ao mestre o que tinham feito e ensinado. Estavam com fome e cansados. “Venham. Vamos sozinhos a um lugar deserto para descansar um pouco”, disse Jesus. O descanso durou pouco e não tiveram tempo para comer, pois uma multidão se acercou deles para ouvir o mestre. A tarde estava caindo, o lugar era deserto, o caixa vazio, os alforjes também. Como iriam alimentar aquela multidão? “Manda esta gente embora. Que comprem nos sítios e povoados alguma coisa para comer”, aconselham os discípulos. Jesus responde: “Dêem vocês mesmos comida a eles.” Frente a uma situação humanamente sem solução para os alunos do Mestre, Jesus convida os seus – e a nós – a repartir o pão a quem dele necessita. Ora, o alimento disponível era quase nada, mas não importa. O pouco colocado nas mãos de Jesus – nossa confiança nele – se multiplica e sobram 12 cestos de pedaços. (Mc 6.43)

O nosso problema, como o foi o dos discípulos, é pensar que se não temos muito, não podemos ajudar. Se não temos tempo, forças, reservas economias, se não temos muito, nada se pode fazer. Errado. Correto é avaliar se estamos dispostos a investir tudo, mesmo que seja pouco, em favor de quem tem necessidade. Nós, nossas reservas, nosso pouco, nosso tempo se colocado nas mãos de Jesus realiza maravilhas. Estamos dispostos a acredita nisso? (Mc 12.41-44). Confiamos nos seus milagres? Somos muito matemáticos, calculistas e pouco confiantes. Alguém disse: “Filantropia não é caridade, pois vem do muito, das sobras. Caridade vem do pouco e se torna muito.”

Uma viúva na cidade de Sarepta tem o último bocado para ela e seu filho. Terminado este morreriam de fome. Vem Elias, o profeta, e pede que o último bocado lhe seja oferecido. Ela confia, alimenta os três com o último bocado e a tigela de farinha e o jarro de azeite nunca mais ficaram vazios – o pouco se tornou muito. (1 Rs 17.14)

Cantamos alegres e felizes este hino: “Como é bonito, Senhor, cada manhã ter o meu pão. E desejá-lo também a cada um dos meus irmãos.” Além de desejá-lo…
Dêem vocês mesmos de comer a quem não tem.

Guido Rubem Goerl
Pastor emérito da IELB.

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