Transferir culpa é uma especialidade das pessoas desde a queda dos primeiros homens no Paraíso. Quando Deus perguntou a Adão: “Por acaso você comeu a fruta da árvore que eu o proibi de comer”? Ele respondeu: “A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi” (Gn 3.11,12).  A transferência de culpa foi tão marcante que sobrou até para Deus: “a mulher que me deste”.

Certamente todos nós lidamos com sentimentos de culpa. Às vezes são sentimentos de culpa falsa, também chamados de constrangimento social, que nos impuseram desde criança por uma palavra mal colocada pelos pais ou educadores. Esse tipo de culpa um psicólogo resolve ou então vai direto à conta dos pais. Outras vezes são sentimentos de culpa verdadeira e aí, não sabendo a quem transferir, vai para a conta de Deus.

Quem sabe transferir culpa é Jesus. Ilustro esse fato com o comovente episódio bíblico da mulher que tinha sido autuada em flagrante adultério.  Alguns mestres da Lei e fariseus levaram essa mulher a Jesus e disseram: “Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas”. E insistiram para Jesus dar uma palavra. Aí Jesus disse: “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” Diante dessa palavra todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Bastou uma pergunta do Mestre para que a culpa escondida dessas pessoas pela acusação feita aparecesse com toda a sua força.

Jesus pode escancarar as nossas culpas porque ele as transferiu para si mesmo ao morrer na Cruz. Isaías profetizou: “Ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades” (Is 53.5). Assim, reconhecendo o pecado daquela mulher e da miséria do seu ser, ele pode dizer: “Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!”(Jo 8.11).

Enfim, se transferir culpa é uma especialidade das pessoas, em vez de colocá-la na conta dos pais, dos irmãos, da igreja, podemos levá-la, arrependidos, a Jesus. Ele conhece nosso ser e sabe que temos culpa verdadeira em relação a nós mesmos, em relação ao próximo e, principalmente, em relação a Deus. Mas porque transferiu essa culpa a si mesmo pode nos dizer: “Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!”

Edgar Lemke

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