Alguém escreveu e um jornal publicou estas palavras: “Nossos conflitos internos são como lobos dentro de nós. Uns dóceis, outros raivosos. Vai vencer aquele que alimentarmos.” Os lobos dentro de nós são desejos, vontades, paixões, apetites diferentes em cada pessoa; e por isso mesmo “personalizados”. Hoje existem muitas coisas personalizadas: Cheques ou cartões de credito, gerentes de banco só para você e seu dinheiro, atendente especial, pois você é único, e por aí vai… Muitas delas apenas apelações com fim lucrativo, ou para satisfazer o gosto de cada pessoa.

Uma expressão que ouvi numa conversa sobre gostos: “Se todos tivessem o mesmo gosto, o que seria do amarelo!” Nada de errado que cada pessoa tenha as suas preferências, pois estimula a criatividade nos diversos setores da vida, preenchendo assim, além de necessidades, desejos ou apetites personalizados. Aí, cuidado, reside um perigo oculto. “Vai vencer aquele que alimentarmos.” Temos desejos bons; outros nem sempre louváveis. Pais desejam um bom futuro para seus filhos; alguém deseja ser médico amanhã; noivos desejam uma união feliz no matrimônio. Os desejos não louváveis surgem daquele ditado popular: o que os olhos veem, o coração deseja. Foi assim com Davi. Ele viu uma linda mulher no banho e a desejou. (2Sm 11.2) O carro novo do vizinho ou o vestido moderno de sua amiga, despertam desejos. Nosso coração também produz desejos não louváveis. “Do coração procedem os maus desejos.” (Mt 15.19) O inimigo não mora ao lado, mas dentro de nós. O que fazer?

Não somos capazes por nós mesmos enfrentar os “lobos raivosos” ou os apetites personalizados negativos. Somos vulneráveis, seduzíveis. O pecado habita em nós (Rm 7.17) Há coisas que escapam ao nosso domínio. Sem uma ajuda extra-humana, alimentamos desejos biblicamente condenáveis. Mas o salmista nos dá uma orientação: “O nosso socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” (Sl 121.2) Ele não dorme, ele nos guarda, oferece sombra no calor da batalha, nos guarda do mal, agora e sempre (Sl 121), e nos orienta como enfrentar e vencer nossos apetites personalizados negativos. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo porque os dias são maus. (…) Procurai saber qual a vontade do Senhor.” (Ef 5.15,17) Sua vontade é o nosso bem espiritual, calejando-nos por isso com sua palavra para  escolhermos bem nossos apetites personalizados. Lembrem-se: Vai vencer aquele que alimentarmos.

Alimente-se bem, corretamente, com uma dieta sadia, sem efeitos colaterais, e absolutamente confiável – extra-divina. Siga a atitude e confesse com o salmista: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia! Os teus mandamentos me fazem mais sábios que meus inimigos. (…)  De todo o mau caminho desvio os meus pés, para observar a tua palavra. Não me aparto dos teus juízos, pois tu me ensinas. Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca. (Sl 119.97-104)

Personalize bem seus apetites saboreando o doce mel da Palavra. Ela é “lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho.” (Sl 119.105)

                Guido Ruben Goerl
Pastor Emérito da IELB.

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